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Governo do Espírito Santo Planeja Recuperar Vila Histórica e Hotel de Niemeyer para Impulsionar o Turismo em Itaúnas

O governo do Espírito Santo tem planos ambiciosos para revitalizar o turismo local e melhorar a preservação ambiental através da concessão de seis importantes parques estaduais à iniciativa privada. Previsto para ocorrer no segundo semestre de 2025, esse processo de concessão tem como objetivo atrair investimentos privados para a conservação e modernização dessas áreas, fortalecendo o setor turístico e gerando impactos econômicos significativos.

Entre os parques envolvidos, destaca-se o Parque Estadual de Itaúnas, uma área de 3.200 hectares conhecida por suas famosas dunas e a história da antiga Vila de Itaúnas. Essa vila, que foi soterrada pelas dunas nas décadas de 1960 e 1970, será um dos focos principais da revitalização. Hoje, restam apenas vestígios da vida que ali existiu, com destaque para a Casa do Tamandaré, única construção preservada, que pertencia ao último morador da vila. O plano prevê a restauração desta casa, que será transformada em um centro de visitantes, oferecendo aos turistas uma visão detalhada da rica história do local.

Além disso, cinco réplicas de casas antigas serão erguidas no entorno para abrigar lojas de artesanato e um café, contribuindo para o desenvolvimento comercial da região e preservando a estética e memória arquitetônica da antiga vila. As construções, no entanto, não terão fins de hospedagem, respeitando o caráter histórico da área.

Outro marco arquitetônico que fará parte da concessão é o hotel Barramar, projetado pelo renomado escritório de Oscar Niemeyer. Este hotel, localizado próximo ao rio Itaúnas, está abandonado há cerca de 15 anos, mas possui uma estrutura robusta que inclui piscinas, auditórios e um centro de convenções. A proposta é que ele seja integrado ao parque e utilizado para eventos, conferências e outras atividades que possam revitalizar a área e atrair visitantes.

Impactos Econômicos e Benefícios para a Comunidade

A concessão dos parques promete não apenas preservar e valorizar a cultura e o patrimônio locais, mas também trazer ganhos econômicos significativos. A expectativa é que a iniciativa movimente cerca de R$ 1,7 bilhão anualmente, influenciando positivamente a geração de empregos, a renda e o Produto Interno Bruto (PIB) do estado. O projeto prevê a criação de 10 mil vagas de emprego, diretas e indiretas, ao longo do processo.

Para os municípios que abrigam os parques, a arrecadação poderá ultrapassar R$ 600 milhões ao longo dos 35 anos de concessão, garantindo um fluxo contínuo de recursos para melhorar a infraestrutura e a qualidade de vida da população.

Com essa estratégia, o governo do Espírito Santo busca aliar desenvolvimento econômico, preservação ambiental e valorização cultural, transformando os parques estaduais em destinos ainda mais atrativos e sustentáveis para o turismo.